Uma vez garantida a possibilidade de uma “guerra justa”, parece seguir-se directamente que os políticos dissidentes, convencidos das práticas injustas dos governos que estão no poder, sentem-se obrigados a envolver-se em actos violentos de subversão. Falta às facções as vantagens das actuais instituições conservadoras que perpetuam naturalmente o exacto status quo que os dissidentes consideram injusto. Do mesmo modo, desde que as nações continuem a envolver-se em guerras em nome da “justiça”, parece plausível que as facções e grupos mais pequenos também o façam. Muitos grupos terroristas insistem que as suas causas têm sido silenciadas e ignoradas pelos regimes que detêm o poder. Mas se as nações formais têm o direito de entrar em guerra para defender a sua integridade e soberania, por que se nega esse direito aos grupos separatistas? E se a esses grupos falta um exército fundado e sancionado pela nação, não poderão eles reunir um?
O terrorista não é um tipo de criatura especial que nefastamente recorre à força mortífera em oposição às exigências da moralidade defendidas por todas as nações civilizadas. Ao invés, o terrorista apenas acolhe a perspectiva amplamente aceite de que as acções militares são moralmente permissíveis, ao mesmo tempo que encara os limites das “nações” de forma diferente daqueles que aceitam acriticamente as convenções em que foram educados. As nações existentes são historicamente contingentes, não são parte da essência das coisas. O terrorista reconhece que as nações actuais nasceram e transformaram-se em resultado da guerra. Assim, os agentes que, em nome da justiça, usam de força mortífera contra a sociedade em que vivem, vêem-se como combatentes civis. Os grupos terroristas são exércitos mais pequenos do que aqueles que são mantidos pelos contribuintes e sancionados pela lei, e, por essa mesma razão, podem sentir-se obrigados a servirem-se eles próprios de métodos particularmente drásticos. Tal como os líderes militares ao longo da história, os terroristas defendem que as situações que implicam o recurso à guerra são tão desesperadas que requerem medidas extremas.
Que o terrorista não é alguém sui generis pode ser ilustrado pelo seguinte: imagine que o chefe de estado-maior de uma dada nação estabelecida era o líder de um grupo dissidente de um regime instalado. Ora, os mesmos actos de violência mortífera dessa pessoa (ou das suas ordens para os seus companheiros cometerem estas acções) não seriam diferentes só porque este havia sido formalmente designado chefe de estado-maior num caso e não no outro. Qualquer das partes de um conflito defende que está certa enquanto que o adversário está errado, pelo que as facções terroristas não são excepção. Quando olhamos com cuidado para a situação dos terroristas, torna-se difícil identificar qualquer diferença moralmente significativa entre o que fazem e aquilo que fazem as nações formais quando mandam os seus aviões sobrevoar nações inimigas para as bombardear, sabendo perfeitamente que pessoas inocentes morrerão em resultado dessas acções.
O terrorista não é um tipo de criatura especial que nefastamente recorre à força mortífera em oposição às exigências da moralidade defendidas por todas as nações civilizadas. Ao invés, o terrorista apenas acolhe a perspectiva amplamente aceite de que as acções militares são moralmente permissíveis, ao mesmo tempo que encara os limites das “nações” de forma diferente daqueles que aceitam acriticamente as convenções em que foram educados. As nações existentes são historicamente contingentes, não são parte da essência das coisas. O terrorista reconhece que as nações actuais nasceram e transformaram-se em resultado da guerra. Assim, os agentes que, em nome da justiça, usam de força mortífera contra a sociedade em que vivem, vêem-se como combatentes civis. Os grupos terroristas são exércitos mais pequenos do que aqueles que são mantidos pelos contribuintes e sancionados pela lei, e, por essa mesma razão, podem sentir-se obrigados a servirem-se eles próprios de métodos particularmente drásticos. Tal como os líderes militares ao longo da história, os terroristas defendem que as situações que implicam o recurso à guerra são tão desesperadas que requerem medidas extremas.
Que o terrorista não é alguém sui generis pode ser ilustrado pelo seguinte: imagine que o chefe de estado-maior de uma dada nação estabelecida era o líder de um grupo dissidente de um regime instalado. Ora, os mesmos actos de violência mortífera dessa pessoa (ou das suas ordens para os seus companheiros cometerem estas acções) não seriam diferentes só porque este havia sido formalmente designado chefe de estado-maior num caso e não no outro. Qualquer das partes de um conflito defende que está certa enquanto que o adversário está errado, pelo que as facções terroristas não são excepção. Quando olhamos com cuidado para a situação dos terroristas, torna-se difícil identificar qualquer diferença moralmente significativa entre o que fazem e aquilo que fazem as nações formais quando mandam os seus aviões sobrevoar nações inimigas para as bombardear, sabendo perfeitamente que pessoas inocentes morrerão em resultado dessas acções.
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